Já contamos aqui a história da Letícia Mello do projeto “Do For Love” que viajou por seis meses para o sudeste asiático e abriu mão de todo o luxo e conforto em pról de realizar trabalhos volutuários, em troca apenas de comida e alimentação.

Hoje vamos contar a história de um casal de Curitiba que abriu mão do “TER” pelo “SER”.
Fugindo do trivial, Fernando Inkote Filho e Stela Murakami Inkote do blog Felicidade pelo Mundo largaram seus empregos e abriram mão de fazer uma festa de casamento, deixaram para trás todo o conforto da família e do lar para fazer o que mais gostam: Viajar!
Todo o dinheiro que gastariam com uma festa de casamento foi investido na viagem.
Como eles mesmo descrevem:

“Tiramos do papel o sonho de dar a volta ao mundo para obter crescimento pessoal, conhecer diferentes culturas e colecionar viagens.“

“A escolha do tema felicidade para o blog foi para falarmos coisas positivas durante a jornada. Através de pequenos relatos queremos compartilhar os aprendizados, experiências com povos e como observamos a felicidade em outras culturas. São histórias curtas, com pessoas reais, mas que trazem ensinamentos sobre simplicidade, felicidade e amor ao próximo. 
Queremos incentivar as pessoas a verem o lado positivo da vida!“

O casal compartilha no blog várias experiências e aprendizados que podem inspirar outros viajantes.

A aventura do casal teve início em setembro de 2015.
Atualmente eles estão em Bruxelas.

Fernando, administrador, ex-funcionário de empresas multinacionais. Após 9 anos de carreira, planejou um período sabático para viajar o mundo e obter crescimento pessoal. Gosta de futebol, aventuras na natureza e lugares inusitados.

Stela, ex-empresária, abriu mão de um negócio próprio para realizar seu maior sonho: explorar o mundo. Aquariana, determinada, apaixonada pela natureza e pelo novo. Gosta de ajudar as pessoas e acredita que com pequenas atitudes podemos fazer um mundo melhor.

Antes de iniciar a aventura Fernando e Stela já tinham uma certa experiência em viagens, pois já haviam visitado vários países como:
África do sul, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, México, Haiti, Jamaica, Bahamas, Estados Unidos, Itália, França, Mônaco, Eslovênia, Áustria, Alemanha e Suíça

Com essa experiência na bagagem, decidiram planejar o roteiro da viagem.
O casal planejou a viagem com duração de 1 ano, o famoso período sabático, e então dividiram-a em duas fases.

1ª fase
O primeiro semestre da viagem teria como foco Ásia e Oceania.
Os destinos escolhidos foram: Emirados Árabes Unidos, Índia, China, Japão, Taiwan, Hong Kong, Singapura, Indonésia, Tailândia, Mianmar, Laos, Camboja, Vietnã, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia.

O roteiro realizado pelo casal:

2ª fase
O segundo semestre de viagens começaria pelo Oriente Médio, por onde ficariam 1 mês, então seguiriam para a África e Europa.

O roteiro previsto é este:

Segue abaixo alguns dos locais já visitados pelo casal.
Para seguir toda a viagem do casal e conferir todos os demais destinos, os acompanhem através do Blog, Instagram ou Facebook.

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Nossa passagem pela Bélgica foi rápida. Nosso destino, de fato, era a Holanda, mas como passaríamos por Bruxelas decidimos ficar duas noites. Ficamos num bairro majoritariamente muçulmano, um pouco afastado do centro, mas o que foi ótimo, pois amamos comida árabe em geral. Com os recentes ataques a cidade vive um clima de alerta, com soldados espalhados nas grandes estações de trem e atrações turísticas, porém não achamos tão tenso quanto esperávamos. Como tínhamos pouco tempo, visitamos apenas o centro histórico e principais atrações dos arredores da capital belga. Um dia ainda queremos voltar e fazer outras cidades que nos pareceram muito interessantes, como Gante e Bruges.

Curiosamente, chegamos no Marrocos e as pessoas no geral nos olhavam meio torto e não eram muito agradáveis. Não sei por que, mas eles achavam que nós viemos da França, e isso se deve ao fato de muitos franceses visitarem o Marrocos ( fomos descobrir no outro dia que eles não gostam muito dos franceses). Porém, depois daquela recepção nada calorosa e estranha, resolvemos sair com a camisa do Brasil, para ver como seria. E a história mudou da água para o vinho. Sim…eles amam o Brasil, todos nos cumprimentavam, paravam pra falar (mostravam o celular com fotos dos jogadores, de músicas do Brasil, falavam do carnaval, da comida, etc) pediam para tirar fotos conosco… o tempo todo foi assim. Foi um choque para nós. Um dia super secos, no outro super amorosos. Ganhamos até presentes dos marroquinos, rs!

Chegamos na Nova Zelândia por Christchurch. A segunda maior cidade do país ainda possui fortes marcas do terremoto que ocorreu em 2011. A cidade inteira continua em obras, com alguns memoriais, o que nos fez refletir sobre a imensa força da natureza e seu poder de destruição. Após essa visita, iniciamos nossa viagem para o sul. Conseguimos economizar bastante na Nova Zelândia, alugamos carros com o custo zero, através de prestação de serviços para algumas empresas. Acostumados a dirigir na Austrália, um dos maiores países do mundo, dirigir na vizinha neozelandesa parecia fácil. Não até encontramos as inúmeras montanhas e estradas cheias de curvas, com velocidade reduzida. Nossas primeiras paradas foram em lagos azuis, entre montanhas, com cenários espetaculares. Num desses lagos tomamos o banho mais gelado de nossas vidas, mas pelo menos com águas cristalinas. Toda essa beleza também nos rendeu noites muito frias, congelantes diríamos, sendo necessário comprar o cobertor mais barato do supermercado.

Depois de Barcelona, nosso próximo destino era a capital, Madri. Estávamos procurando um lugar barato para ficar e ao falar com a minha mãe, ela comentou em um almoço de família, e descobriu que meu tio iria passar as férias na casa de uma amiga em Madri. Então falamos com meu tio e vimos que as datas eram praticamente as mesmas! Após conversar com sua amiga, ele disse que podíamos ficar com eles! Pois bem, aceitamos o convite e fomos pra lá. Essa amiga, chamada Larissa, mora num pensionato. Ela tem um quarto e nesse lugar moram mais umas dez pessoas. Acabamos conhecendo todo o pessoal do lugar. Mas duas pessoas, além da Larissa, nos tocaram muito.

Devido à sua localização, ao lado de países que estão sempre em guerra, o Irã acaba levando a fama. Todas, sim, eu disse todas, as pessoas que souberam que nós iríamos para o Irã ficaram apavoradas. Ouvimos coisas do tipo: “ cuidado, escolham outro destino mais seguro, lá é perigoso, tem bombas, vão sequestrar vocês, o turista é mal tratado, eles são ruins, etc”…
Bom, mesmo assim nós resolvemos ir. Até porque independente dos comentários, sabíamos que no sentido cultural seria incrível. Acontece que foi incrível em todos os sentidos, principalmente no que diz respeito às pessoas. Em toda a minha vida, eu nunca vi pessoas tão acolhedoras como o povo iraniano. Todos os dias meus olhos enchiam de lágrimas.

Nós do Vai Mesmo já viramos fã deste casal e sua viagem com certeza irá inspirar muitos de nossos leitores.
Viver uma experiência como esta, desapegar do bem material, para poder viajar o mundo, conhecer novas culturas, novas realidades e por fim, se conhecer melhor por dentro, é algo que não podemos descrever.

Acompanhem o casal pelas redes sociais e  #VaiMesmo!

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Por:

@fabitohenrique “Viajar é a única coisa que você compra e te deixa mais rico.“ #VaiMesmo!